Em 1807, para escapar das tropas napoleônicas, a corte portuguesa se transfere às pressas para o Rio de Janeiro, onde Tibúrcio Malta um brasileiro, oferece seus préstimos à família real. Na colônia diversos acontecimentos sacodem a corte, invariavelmente gerados pelos desentendimentos entre Dona Carlota Joaquina e D. João VI. O brasileiro Tiburcio Malta está sempre presente no "olho desse furacão". Malta, que se denomina profeta, ao infiltrar-se na corte, acaba se vendo às voltas com acontecimentos políticos, sociais e econômicos do Brasil Imperial, mudando significativamente os rumos da história com suas premonições e conselhos. Quem assistiu na TV a minissérie Quinto dos Infernos de autoria de Carlos Lombardi, com direção de Wolf Maia e no cinema a Carlota Joaquina – A princesa do Brasil com roteiro e direção de Carla Camurati, verá em A farsa de Tiburcio MALTA – um brasileiro na corte lusitana, uma nova versão dessa história, com um toque da ginga e da malemolência brasileira. A versão teatral, inspirada nas duas obras citadas conta também, de forma irreverente e divertida, a transferência da corte portuguesa, com a vinda da família real para o Brasil, fugindo de Napoleão, ou como afirmava D. João, levando a cabo uma inteligente manobra política.